terça-feira, 25 de outubro de 2011

Materiais de Apoio

Alguns dos materiais de apoio que temos utilizado para a elaboração da história são folders elaborados pela equipe de Peirópolis, onde foi encontrado a espécie central da nossa história, o Uberabasuchus terrificus. Estes folders contam as características dos animais e do paleoambiente, os processos tafonômicos envolvidos, as curiosidades dos achados e várias outras informações em uma linguagem acessível a todos. Em breve postaremos esses materiais.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Mais história...

Dando continuidade à história, foram inseridos anterirormente temas relacionados à paleontologia e agora também conceitos relativos à genética e ecologia. Estamos trabalhando  a história de uma forma que os alunos possam perceber que as disciplinas, embora sejam vistas na maioria das vezes de forma fragmentada, estão sempre relacionadas umas com as outras.
A história ainda não está finalizada, mas estará em breve. Assim, poderemos utilizar nosso livro como um material didático de apoio para as aulas de ciências e biologia.

Segue abaixo a versão mais atualizada do livro...

Certo dia, na aula de biologia, o professor Jorge, apaixonado pela história evolutiva do planeta e dos seres vivos, contava aos alunos um pouco de quais eram os habitantes da região de Uberaba há vários milhões de anos.
- Há 70 milhões de anos, na região de Uberaba, viveu um terrível crocodilo chamado Uberabasuchus terrificus, este crocodilo atingia 2,5 metros de comprimento e 300 quilos - dizia o professor admirado.
Zequinha, muito intrigado com a história, pergunta curioso ao professor:
- Professor, se este tal crocodilo não existe mais, como o senhor sabe que um dia ele realmente existiu e que ainda pesava 300 quilos e chegava a 2 metros e meio?
- São por meio dos fósseis Zequina! - responde o professor. Os fósseis são os restos ou vestígios de animais e vegetais que viveram em tempos passados, mais especificamente, são restos preservados há pelo menos 11 mil anos.
Joana, sempre muito esperta, sabia que a decomposição era um processo que ocorre naturalmente na natureza e que é responsável pela reciclagem dos nutrientes. Então questiona o professor Jorge:
- Mas professor, toda a matéria morta é decomposta pelos fungos e bactérias que estão presentes na natureza, então como estes restos podem ser preservados durante tanto tempo?
- Você está certa Joana! – exclama o professor - porém, em algumas condições especiais é possível que os restos sejam preservados. Estas condições envolvem o soterramento rápido destes restos com sedimentos, a ausência de bactérias e pouco oxigênio. Estes fatores desfavorecem a decomposição da matéria orgânica. Além disso, a matéria orgânica presente nos tecidos animais ou vegetais é substituída por materiais inorgânicos, ou seja, minerais presentes nas rochas. Desta forma temos a formação de um fóssil.
Mariana, outra aluna da classe, intrigada com a fala do professor questiona:
- Mas professor, eu vi uma reportagem falando dos mamutes que são encontrados congelados e eles falavam em fósseis.
- Exatamente – diz o professor – Geralmente, as partes duras do corpo dos organismos é que são conservadas nos processos de fossilização, mas existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada. O caso dos mamutes é um exemplo de fossilização que inclui as partes moles. E sabem o que é o melhor nesses casos de fossilização por congelamento? O material genético é preservado.
-  Professor, mas essa é a única maneira de preservar material genético durante tanto tempo? – pergunta Joana.
- Não, também tem uma outra forma de conservá-lo, durante ainda mais tempo do que os manutes no gelo. São os fósseis conservados em âmbar, que são resinas fossilizadas de árvores antigas. Muitos animais pequenos, principalmente os invertebrados e pequenos vertebrados ficam conservados nessas resinas durante milhões de anos.
- Mas, o que é material genético, professor? – pergunta uma aluna.
- O material genético é o responsável pela hereditariedade de um ser vivo. A informação genética se encontra no DNA dentro do núcleo das células. Em cada núcleo existem filamentos de DNA chamados cromossomos. A espécie humana tem 46 cromossomos que se agrupam em pares idênticos.  
-E gene, quem sabe definir o que é? – questiona o professor
Como nenhum dos alunos sabia a definição exata de gene, o professor resolveu parar a aula sobre os dinossauros e explicar sobre os genes.
- O gene é a unidade fundamental da hereditariedade. Cada gene é formado por uma seqüência específica de ácidos nucléicos (biomoléculas mais importantes do controle celular, pois contêm a informação genética. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: ácido desoxirribonucléico – DNA- e ácido ribonucléico – RNA). Os genes controlam não só a estrutura e as funções metabólicas das células, mas também todo o organismo. Quando localizados em células reprodutivas, eles passam sua informação para a próxima geração. Quimicamente, cada gene é constituído por uma seqüência de DNA que forma nucleotídeos.
- Peraí, professor, o que são nucleotídeos?
- O nucleotídeo é um conjunto formado pela associação de três moléculas – uma base nitrogenada, um grupamento fosfato e um glicídio do grupo das pentoses. Desta forma, podemos ter variações, como, por exemplo: no DNA temos a presença da pentose desoxirribose, enquanto que no RNA temos a presença da pentose ribose.
Para facilitar, o professor fez um esquema na lousa mostrando a estrutura do nucleotídeo.
            - Podemos também ter nucleotídeos diferentes, de acordo com o tipo de base nitrogenada, que pode ser púrica ou pirimídica. Como nesse outro desenho:
- Agora, vamos falar um pouco mais da molécula de DNA. Quando eu falo DNA, de que vocês lembram?
- De teste de paternidade – responde Mariana.
- É um bom exemplo, Mariana – continua o professor – A informação contida no DNA, o código genético, está registrada na seqüência de suas bases na cadeia. As bases nitrogenadas do DNA são Adenina, Timina, Guanina e Citosina. Essas informações genéticas são passadas do pai e da mãe para os filhos, e por isso existem os testes de DNA que comparam o DNA de duas pessoas para saber se elas tem alguma relação de parentesco.
- Voltando ao nosso extinto crocodilo Uberabasuchus terrificus, ele era, através de suas características dentárias, um animal carnívoro, alimentando-se de herbívoros ou outros carnívoros.
- Quem são os herbívoros? – pergunta Julia, que faltou às aulas de ecologia.
– Os herbívoros são os animais que se alimentam apenas de vegetais, classificados como consumidores, assim como os carnívoros também são ditos consumidores, porém os herbívoros são chamados de consumidores primários. Estes se alimentam dos produtores, os seres autotróficos, que produzem seu próprio alimento por meio de um processo chamado fotossíntese.
O Uberabasuchus terrificus habitava regiões próximas a rios e lagos. Isso porque a região de Uberaba possuía, há 60 milhões de anos, um clima semiárido, com um sistema fluvio-lacustre, ou seja, de rios e lagos que se formavam em períodos de chuva.
Este crocodilomorfo é membro da família Peirosauridae e tem parentes na Patagônia Argentina e em Madagascar, sendo que o seu parente mais próximo conhecido habitava a ilha de Madagascar. Este fato demonstra que, em um passado remoto, os continentes estiveram unidos em um só bloco. Este bloco foi se separando em decorrência das atividades tectônicas, fenômeno chamado de Deriva Continental. Este fenômeno criou e quebrou barreiras à dispersão, conectando e desconectando populações. Lembrando que uma população é um conjunto de indivíduos de uma mesma espécie.
 Estas populações que foram separadas acabaram sofrendo especiação.  Alguém sabe definir o que é especiação? – Pergunta o professor.
Um grande silêncio prevalece na turma, afinal, aquela incrível história do crocodilo terrível de Uberaba era novidade para todos, assim como todos os conceitos envolvidos nessa história.
- A especiação é o processo de formação de novas espécies. Estas espécies que serão formadas deverão ser reprodutivamente isoladas ....

CONTINUA...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Concepções dos alunos a respeito de temas na área de Genética

Para redigir nossa história e inserir nela os conceitos de genética, utlizamos alguns materais de apoio. Dentre estes materiais podemos destacar um artigo que trata das concepções prévias de alunos de terveiro ano do ensino médio a respeito de temas na área de genética. A partir da aplicação de um questionário, uma das conclusões foi que muitos estudantes ainda apresentam dificuldades em genética e muitas vezes mostram-se confusos a respeito do tema.

A partir darevisão bbibliográfica, trabalharemos na história:
  • conceito de gene
  • O gene pode estar ativos ou inativos em diferentes células do corpo, ou seja, todas as células do corpo contém a mesma informação genética (retirar a visão de funcionalista por parte dos alunos)
  • Conceito de cromossomos (alguns alunos não identificam o cromossomo como sendo a molécula de DNA)
  • Material genético e evolução (as mudanças no material genético estão realcionadas com a evolução)

terça-feira, 30 de agosto de 2011


Dando início ao livro...


"Certo dia, na aula de biologia, o professor Jorge, apaixonado pela história evolutiva do planeta e dos seres vivos, contava aos alunos um pouco de quais eram os habitantes da região de Uberaba há vários milhões de anos.
- Há 70 milhões de anos, na região de Uberaba, viveu um terrível crocodilo chamado Uberabasuchus terrificus, este crocodilo atingia 2,5 metros de comprimento e 300 quilos - dizia o professor admirado.
Zequinha, muito intrigado com a história, pergunta curioso ao professor:
- Professor, se este tal crocodilo não existe mais, como o senhor sabe que um dia ele realmente existiu e que ainda pesava 300 quilos e chegava a 2 metros e meio?
- São através dos fósseis Zequina! - responde o professor. Os fósseis são os restos ou vestígios de animais e vegetais que viveram em tempos passados, mais especificamente, são restos preservados há pelo menos 11 mil anos.
Joana, sempre muito esperta, sabia que a decomposição era um processo que ocorre naturalmente na natureza e que é responsável pela reciclagem dos nutrientes. Então questiona o professor Jorge:
- Mas professor, toda a matéria morta é decomposta pelos fungos e bactérias que estão presentes na natureza, então como estes restos podem ser preservados durante tanto tempo?
- Você está certa Joana! – exclama o professor - porém, em algumas condições especiais é possível que os restos sejam preservados. Estas condições envolvem o soterramento rápido destes restos com sedimentos, a ausência de bactérias e pouco oxigênio. Estes fatores desfavorecem a decomposição da matéria orgânica. Além disso, a matéria orgânica presente nos tecidos animais ou vegetais é substituída por materiais inorgânicos, ou seja, minerais presentes nas rochas. Desta forma temos a formação de um fóssil.
 - Voltando ao nosso extinto crocodilo Uberabasuchus terrificus, ele era, através de suas características dentárias, um animal carnívoro, alimentando-se de herbívoros ou outros carnívoros.
- Quem são os herbívoros? – pergunta Aninha, que faltou às aulas de ecologia.
– Os herbívoros são os animais que se alimentam apenas de vegetais, são classificados como consumidores, assim como os carnívoros também são ditos consumidores, porém os herbívoros são chamados de consumidores primários. Estes se alimentam dos produtores, os seres autotróficos, que produzem seu próprio alimento por meio de um processo chamado fotossíntese."